Gestão Participativa

Na organização escolar, o trabalho ADMINISTRATIVO e PEDAGÓGICO para promover o desenvolvimento do educando precisa ser integrado. Uma gestão participativa colabora para que a escola não apenas seja um ambiente de preparação para a vida, mas também a própria vida, porque a partir da integração de todos os participantes da escola será possível o desenvolvimento de ações para o alcance dos objetivos de educadores, pais, funcionários e alunos. Toda a comunidade escolar unida para a construção da sociedade, em que as responsabilidades e desafios são pensados coletivamente possibilitando assim, a responsabilização e o comprometimento de todos com a qualidade da educação, voltada para a cidadania e inclusão.
Luck (1997) no artigo para a revista Gestão em Rede, n. 3: "A Evolução da Gestão Educacional, a partir de Mudança Paradigmática" contribui para essa reflexão dizendo:
“O exagero da burocracia e da hierarquia teve como conseqüência, no dia-a-dia das unidades de ensino, situações como ouvir-se: "vamos fazer, porque a diretora disse!"; de ver-se uma secretária escolar não sair da secretaria, ou se o faz, da atendimento a um aluno com má-vontade, porque essa não é a sua função.
A superação da visão burocrática e hierarquizadora de funções e posições, evoluindo para uma ação coordenada, passa, necessariamente, pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento da totalidade dos membros do estabelecimento, na compreensão da complexidade do trabalho educacional e percepção da importância da contribuição individual e da organização coletiva".
(LUCK, 1997).
Gestores, professores, pais, educandos e funcionários precisam estar envolvidos na vida escolar. Deve haver uma integração no planejamento, no acompanhamento, avaliação de planos e de projetos institucionais e/ou pedagógicos para que aconteça a superação do modelo individulista, alheio ao que acontece em outras áreas da escola e se efetive o desenvolvimento educacional. 
 Hora (2007) sinaliza que a administração democrática e a participação da comunidade não é um fato dado e consumado e sim um horizonte a ser buscado, é um aprendizado coletivo. Essa construção coletiva acontece com os avanços e os retrocessos do processo e que não é repentina, acontece num processo de consensos e discordâncias. Com diálogo se pode chegar a mudanças e inovações, mas também pode significar conflitos. O importante é analisar as divergências geradas pelo trabalho coletivo para buscar a negociação e descoberta de novas possibilidades e construções em benefício do educando e de uma educação que reflita sobre a sua prática e promova a consciência e a autonomia. Por falta de participação alguns projetos ou planos da escola não são viabilizados ou não constituem relevância para os envolvidos, pois só executam e reproduzem orientações. O envolvimento e contribuições da comunidade escolar nos projetos atribuem vida à escola, por isso a gestão que abre espaço à participação precisa analisar a sua responsabilidade social, conhecer os objetivos dos pais, professores e estudantes e fazer com que reflitam e também participem das decisões da escola como responsáveis também pela educação.
  
REFERÊNCIAS:

LUCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Educacional, a partir de Mudança Paradigmática. Revista Gestão em Rede. N. 03, Nov. 1997.
HORA, Dinair Leal da. Gestão Democrática na Escola: artes e ofícios da participação coletiva. Campinas, SP: Papirus, 2007.


Mas, como deve acontecer essa participação? Como a comunidade pode participar?

Um comentário:

  1. O assistente social em conjunto com a gestão da escola pode proporcionar novas discussões, de trabalhar as relações interpessoais e grupais. Assim, a intervenção do assistente social auxilia na construção de uma escola cidadã. Que estando frente às mudanças sociais, pode desenvolver um trabalho de articulação e operacionalização, de interação de equipe, de busca de estratégias de proposição e intervenção, resgatando-se a visão de integralidade e coletividade humana e o real sentido da apreensão e participação do saber, e do conhecimento. Um grande beijo Lílian. (Aline - estudante de Serviço Social 6º semestre).

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